A FORÇA DA AMERICA LATINA

14/12/2011 21:21

 

A AMÉRICA LATINA É ESSENCIAL PARA A ECONOMIA DA AMÉRICA DO NORTE
O modelo econômico em que vivemos e que se impôs a nós depende da disponibilidade de fontes abundantes de energia e econômicas. 
As quatro principais fontes de energia para este século são: 
Os combustíveis fósseis (hidrocarbonetos, como petróleo e gás) 
Biocombustíveis 
A energia nuclear 
Minerais estratégicos
 com grande capacidade de armazenamento e condução de energia (Lítio, Coltan). 

  o século XX tem dependido da fácil disponibilidade de energia através do petróleo, obtido a preços muito baixos. 
A evolução significativa durante
No futuro, tal como no passado, as novas fontes de energia serão objeto de fortes contrastes e nesses a América do Sul desempenhará um papel de liderança pelas seguintes razões: 



Hidrocarbonetos 
Na América do Sul estão as maiores reservas de hidrocarbonetos existentes no mundo. Somente na região do rio Orinoco em Venezuela podem ser recuperados com a tecnologia atual mais de 513 mil milhões de barris de petróleo, a estes devem ser somados os 100 mil milhões de barris que a Venezuela tem como reservas convencionais, as reservas de gás natural e as reservas de carbono; a estes devem ser adicionados 100 bilhões de barris de petróleo que os brasileiros têm encontrado nos campos do Pre-sal e as reservas de petróleo e de gás que existem na Colômbia, Equador e Bolívia. Depois, há os campos de petróleo recentemente descobertos nas Malvinas Argentinas, que excedem os 18 bilhões de barris e que envolvem diretamente os interesses britânicos na geopolítica energética da região. 
Isso significa que na América do Sul existem reservas de hidrocarbonetos maior daqueles nas bacias do Médio Oriente ou no Mar Cáspio.
É claro que na luta, na qual a humanidade assistirá nos próximos anos para o controle dos hidrocarbonetos, os EUA tentarão garantir-se o controlo da América do Sul, diante de potências emergentes como China e Índia, e também diante dos seus tradicionais aliados europeus e japoneses. 
Biocombustíveis 
A América do Sul é o maior produtor de biocombustíveis do mundo. O Brasil produz 45% da produção mundial de bioetanol, a Argentina é o maior produtor mundial de óleo de soja, assim como a Colômbia é o maior produtor de óleo de palma Africana, ambas utilizadas para a produção de biodiesel. A produzir o etanol brasileiro e a soja Argentina, não é o Brasil ou a Argentina, mas as grandes corporações que estão localizadas nos territórios dos dois Países. 
Estamos diante do desenho de uma nova estratégia, que está assumindo o controle dos sistemas alimentares. Está produzindo-se uma aliança das companhias multinacionais de petróleo, de biotecnologia, de máquinas, dos grandes comerciantes de grão e grandes organizações de conservação, que decidirá quais serão os principais destinos das terras agrícolas na América Latina.
A energia nuclear 
Na América do Sul existem importantes reservas de minerais radioativos. Países como Brasil, Argentina e a maioria dos Países andino possuem em seus próprios territórios depósitos desses minerais. Brasil e Argentina também, dominam todos os ciclos técnicos para a produção de energia nuclear. 
As futuras usinas nucleares produzirão energia a partir da fusão dos núcleos dos átomos dos materiais radioativos em um processo semelhante ao que acontece com o sol. 
Os materiais que até agora provaram ser mais eficientes e adequados para a produção de energia da fusão é o Trítio. Na América do Sul estão cerca de 80% dos depósitos de trítio do mundo.
Minerais estratégicos para a conservação de energia (Litio e Coltan): 
O lítio é um mineral extremamente leve utilizado no armazenamento de energia elétrica (pilhas, baterias). 
Ao lítio é atribuída a função de substituir o petróleo como fornecedor de energia para mover o mundo a partir da terceira e quarta décadas deste século. 
No triângulo formado pelas salinas de Uyuni, na Bolívia, do Atacama, no Chile e HombreMuerto na Argentina, concentra-se mais de 80% das reservas de lítio do mundo. 
O Coltan é uma combinação de columbita, tantalita e manganês. O Coltan é a matéria-prima para construir capacitores, chips, microcircuitos para computadores, celulares, consolas de jogos, sistemas de posicionamento global, satélites, mísseis guiados, e outros dispositivos microeletrônicos e também é utilizado para os implantes mamários.
Até agora só se conheciam os depósitos de Coltan localizados no Centro-Leste da África (Congo, Ruanda, Burundi), mas no ano passado, a Venezuela anunciou a descoberta de coltan no estado do sul do Amazonas, com reservas avaliadas em mais de cem mil milhões de dólares. 
Consequências geopolíticas 
Esses fatos terão profundas implicações geopolíticas. 
Tanto o Comandante Chávez que o presidente Evo Morales declararam a propria intenção de construir modelos da convivência humana e planetária diferentes do capitalismo global. 
O atual modelo de civilização è baseado na disponibilidade e no consumo de quantidades enormes de energia. Quem controla as fontes de energia terá a oportunidade de influenciar os modelos e as formas de organização social e convivência que a humanidade terá nas próximas décadas. 
Bolívia e Venezuela são as poucas alternativas no mundo moderno para desafiar o capitalismo globalizado. 
Além disto o Brasil, com seus governantes, está a promover modelos alternativos de organização social através de uma aliança com a Venezuela ou a Bolívia. 
Um eixo energético Brasília-Caracas-La Paz (Etanol-Petróleo-Litio) teria uma posição dominante no mercado da energia mundial do século XXI, e estaria na posição de impor novas regulas a nível mundial. 
Além disso as empresas chinesas e russas já se estão colocando na região da América do Sul. 
Os EUA têm previsto estes cenários, e isso explica o enorme posicionamento militar que nos últimos anos têm produzido na região.
Para os interesses do EUA o controle das reservas energéticas da América do Sul é uma questão de sobrevivência econômica.