Polônia visa "mercado de defesa brasileiro" em reunião com o Exército
Com o objetivo de aumentar as relações comerciais bilaterais entre o Brasil e a Polônia e aproveitar o desenvolvimento e investimentos no setor militar brasileiro, o ministro de Defesa polonês, Bogdan Klich, veio ao Brasil. Durante o Fórum de Defesa Brasil – Polônia, organizado pelo Departamento da Indústria da Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Klich apresentou 27 empresas do setor, que integravam sua comitiva.
De acordo com o ministro polonês, o foco dos dois países é trabalhar para o desenvolvimento da produção dos seguintes materiais: fibra de carbono, materiais resistentes ao impacto balístico, motores para propulsão naval, sistema de navegação para submarinos, processadores de sinais acústicos, viatura blindada, mísseis, veículo aéreo não tripulado, tubo reator, turbina de baixa potência e chip optoeletrônico.
“A intenção da Polônia é ser parceira do Brasil no desenvolvimento e na produção de peças e maquinário de emprego militar. Por isso trouxemos diversas empresas polonesas do setor, para apresentarem seus serviços”, informou o ministro.
O evento contou com a presença do grupo estatal Bumar, representante de 23 indústrias polonesas, e outras quatro empresas privadas do país.
A comitiva polonesa foi recebida anteriormente pelo general do exército brasileiro, José Elito Siqueira, com a proposta de iniciar diálogos com o Brasil sobre co-produções com transferência de tecnologia entre as nações. As rodadas de negócios entre as indústrias dos dois países serão realizadas hoje.
Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as exportações entre janeiro e agosto deste ano, somam US$ 146,747 milhões, valor 38,08% menor do mesmo período de 2008. Já as importações somaram o total de US$ 158,407 milhões, na análise com o mesmo espaço de tempo, houve uma queda de 53,58% nas compras.
O saldo comercial na mesma comparação temporal cresceu 88,82%, ao passar de déficit de US$ 104,245 milhões para déficit de US$ 11,659 milhões nos oito primeiros meses de 2009.